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quinta-feira, 7 de março de 2013

DIGA-ME O QUE FERE



“Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos...” João 15:15



           Não sei se você já pensou na qualidade de amigo(a) que TEM sido (não digo que “É” por que mudamos, e graças a Deus por isso), já pensou? Sempre faço uma avaliação pessoal sobre o assunto, sei que estou looonge, mais confesso que tenho me esforçado, há muitos anos. Entendi desde cedo o valor humano, por desde muito cedo ter muitos amigos e boas companhias. Aprendi a valorizá-los, cuidar, amar, defender, etc... Posso falar os nomes  e características de cada um dos meus amigos de infância até os atuais, e sentir suas vidas interagindo com a minha. Credito isso em parte a minha criação. Meus pais sempre juntos e esforçados me fizeram amá-los e tê-los como heróis até hoje, e não como provedores frios e disciplinadores cruéis. Mas sei a dificuldade de muitos. Seja pela experiência de vida, seja pela Pressa da vida (segue link onde falei sobre esse assunto ). Leia o texto abaixo com atenção, continuo já...

“Levi Yitzhak, um velho rabino hassídico de Berdichev, na Ucrânia, costumava dizer que descobrira o significado do amor com um camponês embriagado. O rabino visitava o proprietário de uma taverna no interior da Polônia. Ao entrar viu dois camponeses em torno de uma mesa. Ambos estavam mais que embriagados. Com um braço de um sobre o ombro do outro, discutiam quanto cada um amava o outro. De repente, Ivan (bêbado) disse para Pedro (também bêbado):

- Pedro, diga-me o que me machuca.

Com os olhos quase fechados, Pedro olhou para Ivan.

- Como posso saber o que te machuca?

A resposta de Ivan foi rápida:

- Se você não sabe o que me machuca, como pode dizer que me ama?

Você sabe o que tornou Jesus uma pessoa tão amorosa, o maior amante da história?
Ele sabia o que nos machucava. Sabia antes e sabe agora – os amores, os ódios, as esperanças e os temores, as alegrias e as tristezas de cada um de nós. Não se trata de poeira sacra. O Jesus ressurreto não é uma figura vaga no espaço sideral. Sua ressurreição não o tirou de nós; simplesmente tornou possível que ele tocasse não apenas Naim, mas Pernambuco, Ceará, etc...(referência pessoal) Não apenas Madalena, mas a mim. A vida cristã não tem nenhum sentido a menos que acreditemos que nesse momento Jesus sabe o que nos machuca. Não só sabe, mas, por sabê-lo, vai ao nosso encontro – qualquer que seja nosso tipo de pobreza ou dor, não importa quanto choremos, onde quer que não nos sintamos amados." Brennan Manning


         Eu sei??? Você sabe??? Jesus sabe. Como faria diferença lembrarmos disso nos momentos punk da vida. ELE SABE O QUE NOS MACHUCA. Grite isso dentro de você. Anote, acorde pela manhã lembrando dessa verdade.  Mas e ai?... E você?... E eu?... Ao olhar para esse bêbado frustrado penso em quantas frustrações provocamos quando não sabemos o que realmente importaria saber para se valer a palavra 'Amigo', para se valer a frase ‘eu amo você’. Relacionamentos convenientes, frios, superficiais, vazios, tem a rodo por ai, infelizmente. Jesus, mais uma vez, é um exemplo a seguir. E já que falei de Jesus, não tem como não falar da sua Igreja. Ela conhece o que machuca? Ela está pronta para, conhecendo, sarar a dor ou no mínimo oferecer o remédio? Falando nisso lembro de outro texto, escrito por Bruce Larson e Keith Miller e muito profundo:

“O bar da esquina é provavelmente o melhor substituto falso que existe para a comunhão que Cristo quer dar à sua igreja.
É uma imitação, distribuindo bebida em vez de graça, fuga em lugar de realidade, mas é uma confraternização permissiva, que aceita praticamente qualquer um.
É a prova de choques. É democrática. Você pode contar segredos às pessoas e elas no geral não passam adiante as suas confidências e nem desejam fazê-lo.
O bar não prospera por quase todos serem beberrões, mas porque Deus colocou no coração humano o desejo de conhecer e ser conhecido, de amar e ser amado, e muitos buscam uma falsidade às custas de alguns goles.
         Creio de todo coração que Cristo quer que a sua igreja seja... uma comunidade em que as pessoas possam entrar e tenham liberdade de dizer: “Estou ferrado!” “Fracassei!” “Não aguento mais!"

          Perceba... isso é muito profundo, assim como tudo que tratamos até agora. Duas coisa estão em jogo aqui. A primeira é nosso nível de relacionamento de Amizade com ‘A’ maiúsculo, nosso nível de irmande. Como ele está? Sabemos o que fere? Nos importamos com essas feridas? Como enfermeiros do Médico sabemos tratar? A segunda coisa é a Igreja como corpo e organismo vivo de Cristo, e tendo esse Cristo como exemplo será que Ela conhece o que fere? Sabe tratar? Está para os perdidos assim como Ele esteve?

         Reflexões importantes creio eu. Para viver essa verdade paga-se um preço muito alto. Mas, mais alto que o preço é o efeito colateral que uma amizade honestamente amiga pode causar.

Que o nosso Amigo nos ensine a Ser.

2 comentários :

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