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sábado, 2 de março de 2013

A PRESSA NÃO É DO DIABO; ELA É O DIABO




"Na sociedade contemporânea, o Adversário tem especialização em três áreas: ruído, pressa e multidões. Se ele conseguir nos manter debaixo de um amontoado de coisas, descansará satisfeito. O psiquiatra Carl Jung certa vez observou: "A pressa não é do Diabo; ela é o Diabo." Charles Swindoll

           Das Disciplinas Espirituais, acredito que uma das mais negligenciadas e que mais incomoda hoje em dia é a Disciplina da Meditação. Por dois motivos básicos e profundos: 

1º Não sabemos parar.
2º Não queremos parar.

Nos encontramos em um desses dois motivos. Provo...

          Desde de pequenos somos doutrinados a uma vida de ativismo... fazer, fazer... e mais fazer. São as escolas cheias de aulas e tarefas, aulas extra-escolares, esportes e cursos os mais diversos. Uma rotina que nos acompanha até a faculdade, onde agora o trabalho e o futuro preenchem os espaços. Já adultos, casados e com família a luta ativista ainda é maior. Vive-se muito mais (e muitas vezes melhor) na rua, na empresa, nas relações de network (que hoje tem sido a desculpa para se fazer amizades e sociedade com todo mundo) do que em casa. É dada a 'laranja' do dia, bonita e saborosa ao trabalho, e o que sobra, à noite, para a família, e para nós mesmos, é só o 'bagaço'. Isso, quando o bagaço ainda se tem, até porque o trabalho segue e nos acompanha para dentro de casa. Esgotados, cansados, estressados sabemos que precisamos parar. Parar para ver a vida sendo vivida. Parar para ouvir e ser ouvido. Parar para sorrir e receber sorriso. Parar para agradecer e ser agradecido. E principalmente parar para Deus. 

            Esse é o 1º dos dois motivos citados. Veja como estamos longe daqueles que deveriam ser nossa referência de vida:


"Como amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. [...] Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer a tua palavra. Não me afasto das tua ordenanças, pois tu mesmo me ensinas." Sl 119: 97, 101, 102

"Fico acordado nas vigílias da noite, para meditar nas tuas promessas." Sl 119: 148

“Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”  Js. 1:8

“Mas ele se retirava para os desertos, e ali orava.” Lc 5:16

Deixo o 2º motivo com Brennan Mannig, faça a gentileza de humilhar-se diante dessa verdade:

"Você já se sentiu bloqueado por certas resistências internas a oração (ou, em nosso caso, podemos perfeitamente dizer Meditação)?  Pelo pavor existencial do silêncio, da solidão e de se ver sozinho diante de Deus? Pelo esforço que faz pela manhã, quando se arrasta da cama para louvar a Deus, movendo-se pesadamente para adorar com o torpor sacramental de um doente terminal...? O falso "Eu" é especialista em disfarces traiçoeiros. É a parte preguisosa do ser, que resiste ao esforço, ao ascetismo e a disciplina que a intimidade com Deus requer. Ele inspira justificativas tais como: "Meu trabalho é minha oração, e estou muito ocupado. A oração deve ser algo espontâneo, por isso só oro quando me sinto movido pelo Espírito." As desculpas esfarrapadas do falso "Eu" nos fazem acomodar.
O impostor tem pavor em ficar sozinho. Ele sabe que se ficar quieto, por dentro e por fora, descobrirá por si só que não é nada. Será deixado com nada além de sua insignificância, e para o falso "Eu" que afirma ser tudo, tal descoberta seria a ruína. 
Sem dúvida o impostor fica aflito durante a oração (Meditação). Ele anseia por coisas estimulantes, suplica por experiências que mexam com seu estado de espírito. Fica deprimido quando é privado dos holofotes. O falso "Eu" se frustra porque nunca ouve a voz de Deus. Não consegue, uma vez que Deus não vê ninguém ali. A oração (Meditação) é a morte de toda identidade que não procede de Deus." Trecho retirado do livro O Impostor que Vive em Mim, Editora Mundo Cristão.

         Sentiu a pancada? Eu senti. E todas às vezes que Medito sobre esse assunto tenho vontade de voltar no tempo, e aproveitá-lo com Deus mais do que com amigos, namorada, festas, passeios, etc... Coisas relativamente boas, mas na sua grande maioria sem profundidade, principalmente espiritual. 

         Vou te confessar uma coisa... para a glória de Deus tenho aprendido nos últimos anos a viver essa Disciplina da Meditação, e ter prazer nisto. Nesse período conheci pessoas maravilhosas que serviram de exemplo e motivação. Quero destacar um amigo/anjo que Deus me deu chamado Douglas. Esse brother instigou em mim a meditação em Deus e comigo mesmo, como algo necessário e maravilhoso, já esquecido por muitos. Vê-lo falar sobre o assunto com lágrimas nos olhos, me fez querer ainda mais viver essa dimensão da fé. Às vezes saímos para caminhar em trilhas e paramos no meio do caminho apenas para ouvir a natureza, sentir a batida do coração, sentir a vida sendo vivida. Deixo a ele meu muito obrigado.

        Vou terminando por aqui. Quem sabe em outro momento volto a falar no assunto. Tenho muita coisa ainda para compartilhar. Termino com as palavras de Swindoll:

"A superficialidade é a maldição do nosso tempo... A necessidade desesperada de hoje não é de um número maior de pessoas inteligentes nem de pessoas talentosas, mas de pessoas com profundidade."

Está provado?




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